Motivação? Mas onde devo colocar a cenoura?

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Numa fazenda nasceu um lindo burrinho. O fazendeiro, logo que o viu, e percebendo que nascera forte e robusto, fez planos em prepará-lo para puxar a carroça de feno quando fosse maior. Mas o tempo foi passando, e o burrinho mostrou-se muito esperto: dentre os animas do curral, era o que sempre conseguia comer a melhor comida, deitar na melhor sombra, sempre bebia água fresca e outras regalias. O bichinho foi crescendo até que chegou o dia em que o fazendeiro resolveu usá-lo na carroça. O burro, tentando evitar a fadiga, se recusou a puxar. O fazendeiro usou todas as técnicas que sabia, mas não conseguiu fazer com que o animal realizasse a tarefa. Desanimado, soltou o bicho no curral e não o usou para mais nada.

Daí que passou pela fazenda um mascate, que andando pelo lugar viu aquele animal solto no curral. Ao ver como ele era forte, fez uma oferta de compra ao fazendeiro. Esse logo lhe avisou que, apesar de robusto, não podia ser usado para puxar carroça, pois era muito teimoso. O mascate não ligou, pois ia tentar educar o animal para puxar sua carroça. O fazendeiro contou-lhe que já havia tentado de tudo e que não dera resultados, mas que se aquela era a sua vontade, então ia vender o bicho. Os dois fecharam negócio e o mascate levou o animal para casa.

Certo dia o mascate ia sair em viagem e resolveu prender o burro em sua carroça. Tentou fazer com que o burro puxasse usando as técnicas convencionais, mas como havia dito o antigo dono do animal, elas não deram certo. Então o mascate usou uma artimanha: colocou uma cenoura pendurada na ponta de uma vara, deixando-a bem a frente do burro. O animal, muito feliz ao ver a cenoura, logo se movimentou em direção à ela, levando também a carroça.

E assim o mascate passou a ir onde queria com sua carroça, e burro passou o resto de sua vida correndo atrás da cenoura.

Não sei a origem deste pequeno conto que vos apresento, mas ilustra bem a principal ferramenta de Gestão e Motivação nas corporações: A Cenoura! Mas a grande questão que persegue a Liderança de hoje (e nessa eu também me incluo!) é onde exatamente esta grande ferramenta deve ser colocada: se frente ou atrás do animal. Ops!, do colaborador, funcionário.

Trocando em miúdos, a motivação deve acontecer pelo bônus do mérito ou pelo ônus do fracasso? Pela premiação ou pela punição? Ou será que a cenoura deve ser cortada em partes iguais e divididas?

Então, a partir de hoje, quero convidar você a acompanhar o Minha Gestão. A idéia aqui é falar de assuntos absolutamente caretas – como Administração, Negócios, Carreira, Finanças e Mercado de Trabalho – de forma leve, divertida, um bate-papo. Quero contar minhas experiências – nem sempre bem-sucedidas – nestes mais de 15 anos de mercado. Quero também, junto com você, entender como os negócios de hoje estão sendo geridos, as carreiras em evidência, os eventos relevantes, a moda corporativa. Afinal, quem não precisa de oásis no deserto?

Aproveite!

2 comentários em “Motivação? Mas onde devo colocar a cenoura?”

  1. Dá uma olhada da “teoria da concessão, a cenoura e o porrete”, derivada a teoria dos jogos!

    Abraços

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