Paradigmas da Administração: Foco nas Pessoas

A gestão de pessoas, o foco das organizações nas pessoas não é um assunto novo. Existe equivocadamente a crença de que a separação entre números e pessoas somente existe no discurso, porque na prática isto não é uma realidade. Peter Druker afirmou, de forma certeira, que “não se pode contratar as mãos, vem uma pessoa inteira junto”.

Na vida de executivos tidos como ícones da gestão em seus setores e em suas épocas, todos expõem que o desafio principal de um administrador é integrar números e pessoas num conjunto que funcione. Vale lembrar que na teoria de sistemas as organizações são máquinas econômicas, mas também são sistemas sociais. Mas a maior constatação quando nos deparamos diante deste composto entre números e pessoas, equipamentos e competências humanas, é que a dimensão humana é extremamente complexa e não adianta possuirmos muitos recursos materiais, financeiros e tecnológicos se as pessoas que estão por trás delas não estiverem realmente dispostas a colaborar e fazer com que todos os demais recursos se integrem de forma efetiva.

Esta constatação sempre foi uma fonte de grande frustração para os gestores que pregavam o controle acima de tudo. Henry Ford usou o controle e o comando ao extremo, achava que poderia ser o único a pensar por sua empresa. Tudo o que desejava dos funcionários era um “par de mãos” para executar suas ordens. E é aí é que reside o principal aspecto – e o principal problema – de se buscar o foco nas pessoas: o foco é na pessoa inteira ou, como modernamente se costuma dizer, a administração holística das pessoas. Quem obtém melhores resultados na gestão de pessoas são gerentes que se preocupam em oferecer um contexto de valores em que cada indivíduo gerencie a si próprio. É fundamental criar ambientes de trabalho onde as pessoas tenham condições de pensar por si mesmas e desenvolvam a consciência da importância de assumirem a responsabilidade por seu próprio desempenho.

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